Em um mundo em que tomar decisões financeiras conscientes é cada vez mais importante, o Brasil ainda enfrenta um grande obstáculo: a falta de educação financeira entre os jovens. Segundo o PISA 2022, o desempenho brasileiro está muito abaixo da média global. O Brasil ocupa as últimas colocações e possui a maior parte de seus alunos em um patamar de conhecimento inferior ao básico.
E essa falta de conhecimento se estende para a vida adulta, como aponta o 17º levantamento Observatório Febraban, de julho de 2025, no qual 47% dos brasileiros entendem a educação financeira como o planejamento e controle do orçamento doméstico, porém somente 23% afirmaram ter conhecimento sobre estratégias de investimento, gestão e formação do patrimônio, e proteção contra imprevistos. Sobre evitar dívidas e guardar dinheiro para emergências, foi citado, respectivamente, por 14% e 12% dos respondentes.
Esses dados revelam um desafio cultural: a maioria das pessoas chega à vida adulta sem saber administrar o próprio dinheiro – impacta toda a forma como o brasileiro se relaciona com o consumo e o futuro. O resultado aparece nas estatísticas de endividamento, nas decisões impulsivas e na dificuldade de poupar – sintomas de uma educação financeira que não existe ou começa tarde demais.
O objetivo é formar uma geração financeiramente consciente, capaz de usar o dinheiro como ferramenta de liberdade – e não de preocupação.
Ensinar desde cedo faz toda a diferença
Os hábitos financeiros são aprendidos, não herdados. Portanto, a forma como uma criança vê os pais lidando com dinheiro – se conversam sobre gastos, se evitam dívidas desnecessárias, se planejam – molda diretamente sua percepção sobre valor, consumo e segurança.
Segundo a Planejadora Financeira, Daiane Mohr, é necessário normalizar o assunto dinheiro. “Falar sobre dinheiro com naturalidade e verdade, trazendo os filhos para as conversas e até para algumas decisões, faz com que se sintam pertencentes e compreendam o motivo de determinadas escolhas da família”, explica.
Daiane reforça que o dinheiro deve estar presente no cotidiano, nas pequenas decisões, e não apenas nos momentos de aperto. “É necessário exercer o uso do dinheiro, nas escolhas que precisam ser feitas”.
“Apesar de tentarmos ensinar muitas coisas na teoria, o exemplo fala mais alto. As crianças observam como lidamos com o dinheiro e aprendem com isso. Por isso, os hábitos financeiros se formam cedo e acabam refletindo na vida adulta”, afirma.
Se tratados de forma consciente desde a infância, tornam-se comportamentos saudáveis, com menos endividamento e mais autonomia no futuro. Já quando o tema é ignorado, os reflexos surgem na fase adulta como medo de investir, dependência do crédito, falta de reserva de emergência e dificuldade de pensar no longo prazo.
O papel da família no aprendizado financeiro
Falar sobre dinheiro em casa ainda é tabu. Mas é justamente nas conversas simples que a educação financeira acontece de forma mais natural.
A Planejadora Financeira afirma que dinheiro não é uma questão de quantidade – é comportamento. “Por isso, é interessante incentivar seus filhos a buscarem formas de gerar dinheiro (vender algo que não usam mais, por exemplo) e, em seguida, ensiná-los a gerir o que conquistaram”.
Algumas práticas podem tornar esse aprendizado acessível e até divertido:
Essas práticas ensinam, mas o maior aprendizado vem do exemplo. Pais que organizam o orçamento, conversam sobre prioridades e compartilham decisões financeiras transmitem na prática, o que é equilíbrio financeiro.
Olhando para os jovens: autonomia e responsabilidade
Na juventude, o desafio muda – a busca por independência financeira se mistura com a falta de experiência. E é nesse momento – o primeiro emprego, o estágio ou o cartão de crédito – que os erros mais comuns aparecem: gastar sem planejamento, não criar uma reserva e depender do crédito.
Esses tropeços são compreensíveis, mas evitáveis. Com conhecimento financeiro desde cedo, o jovem entende que autonomia também exige responsabilidade.
Já aprender sobre juros compostos e investimentos de longo prazo pode transformar qualquer futuro: quem começa a investir aos 20 anos precisa poupar menos do que quem começa aos 35 para atingir o mesmo objetivo, simplesmente porque é o tempo que faz o dinheiro trabalhar.
Com pequenas quantias e disciplina, o jovem aprende a planejar, sonhar e construir a sua independência, evitando o ciclo de endividamento que aprisiona tantos adultos.
Apoiando a liberdade financeira na juventude
“Dentro do planejamento financeiro, uma vertente muito valiosa é o legado”, afirma Daiane. E investir no futuro dos filhos também significa reservar um valor mensal com um propósito claro: seja custear a educação, um intercâmbio, ou criar uma reserva que os apoie no início da vida adulta.
Por isso, a Warren Investimentos incentiva que o aprendizado comece cedo, oferecendo conteúdos educativos e ferramentas que ajudam famílias e jovens a desenvolverem uma relação saudável com o dinheiro.
Além disso, a Warren com especialistas e estratégias que ajudam a desenhar um plano personalizado, sustentável e inteligente. Cada investimento é estruturado pensando no tempo, no objetivo e na realidade de cada família.
“Assim, quando esse valor for entregue ao filho, ele não receberá apenas recursos, mas um ato de amor planejado, que carrega a mensagem: ‘Pensei em você, me preparei por você e quis te deixar um ponto de partida’”, pontua Daiane.
O futuro começa nas conversas de hoje
Como você administra hoje pode determinar a forma como seus filhos vão lidar com o dinheiro amanhã. Dessa forma, lembre-se sempre que educação financeira é também um ato de amor e cuidado que atravessa gerações.
E transformar o dinheiro em um tema natural dentro de casa é o primeiro passo para criar adultos mais conscientes, seguros e livres. Afinal, o futuro financeiro nasce nas conversas sinceras que começamos hoje.
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